SINOS - Lembrança de morte ou de vida?

Num encarte especial sobre a revolução farroupilha é registrado o seguinte: "No Rio Grande do Sul, na época da Revolução Farroupilha, não somente se vivia de uma maneira diferente do que se vive hoje, mas também se morria de forma diferente.

Nas cidades e vilas, a morte era anunciada pelo sino da igreja - Com toques específicos para homem, mulher, criança ou idoso. QUANDO, no século passado, a província do Rio Grande do Sul enfrentou uma epidemia de cólera, o presidente da província insistiu, junto ao bispo, para que fossem suspensos os toques de sino porque deixavam a população em constante expectativa. O bispo, por sua vez, respondeu que os toques não iriam parar pois lembravam a todos que, mais cedo ou mais tarde, iriam morrer e assim, seria bom que se preparassem espiritualmente para esse evento".

"Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo: a tua vara e o teu cajado me consolam". (Sl 23.4)

Quem escreveu estas palavras não foi um grande estudioso. Foi uma pessoa simples, um ser humano que viveu momentos tristes e alegres, assim como eu e você vivemos. Davi era seu nome. Ele escreveu estas palavras quando a morte queria encurtar a carreira da sua existência. Diante desta situação Davi olhou para si mesmo e percebeu como ele era uma criatura frágil, fraca e até mesmo INDEFESA diante do perigo da morte. Ele, então, comparou a sua vida com a vida de uma ovelha pois ELE CONHECIA BEM AS OVELHAS porque por muitos anos fora um guardador, um pastor de ovelhas. Por muitas e muitas vezes precisou arregaçar as mangas e defender seu rebanho. Precisou arriscar a sua vida para que seu rebanho não morresse.

DAVI chama o Deus Eterno de Pastor, pois na presença e na companhia do Pastor Celestial ele se sentia seguro, assim como as ovelhas se sentiam seguras na sua presença.

Nosso Senhor Jesus, o Divino Pastor, disse: "Eu sou o Bom Pastor, o bom pastor dá a vida pelas ovelhas" (Jo 10.11). O Bom pastor Jesus veio a este mundo porque, de fato, éramos ovelhas perdidas no corredor da existência. Ele veio a este mundo porque uma doença pior que AIDS, pior que CÓLERA, pior que CÂNCER estava matando o rebanho. Ele veio a este mundo enfrentar a doença chamada pecado. Ele veio defender o seu rebanho. Ele deu a sua vida para que seu rebanho vivesse, não somente aqui e agora, mas, especialmente, no paraíso celeste.

Nosso mundo está cheio de ovelhas perdidas. Ovelhas que não fazem parte do rebanho do Divino Pastor Jesus Cristo. Em nossa volta existem muitas ovelhas perdidas, desencaminhadas da pastagem celeste e eterna...

Talvez você pergunte: O que é preciso para fazer parte do rebanho do divino Pastor Jesus? É preciso, é fundamental, que você creia nele como o seu PASTOR e SALVADOR. É preciso que você siga suas orientações e se alimente de sua pastagem. É PRECISO QUE VOCÊ SIGA O SEU RASTRO SANTO, demonstrando sua fé através da sua vida, dedicando seu tempo, seus bens, seu corpo e suas habilidades para servi-lo e para ajudar aos irmãos e irmãs que vivem ao seu redor.

Nossa vida aqui, neste mundo, não vai durar para sempre... O sino da igreja nos alerta... A sirene da ambulância chama a nossa atenção... o locutor da rádio prende a nossa respiração quando diz: "atenção para nota de falecimento e convite para sepultamento".

Não basta ser corajoso. É preciso ter fé no Pastor Eterno! "Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo: a tua vara e o teu cajado me consolam". (Sl 23.4)

Autor desconhecido